A INACREDITÁVEL VINGANÇA DE DONA MARIA
uita gente veio me perguntar como ficou o resto da história que contei anteriormente. Lembra que dona Maria Aparecida, conhecida como Maria de João, uma senhora de mais de 60 anos de idade e que arrumou um motoqueiro sarado; barriga de tanquinho; e deu para usar roupa cocote e fio dental? Lembra que seu erro não foi se mandar de casa, e, sim, agradecer ao Senhor do Bonfim por ter largado o traste do marido e que este, tendo descoberto a mensagem na Sala de Ex-votos da Igreja encheu dona Maria de porrada? Pois é, fui investigar o que aconteceu depois que seo João Metódio foi liberado da cadeia, fofoqueiro que sou mesmo, e descobri que a situação está surrealista.A velhota decidiu largar o motoqueiro, porque ele se picou quando a viu levando sopapos do ex-marido: “Onde já se viu um homão daqueles deixar mulher apanhar”, desabafa sentida, pois o cara era bom daquilo e daquilo outro. E ela gostou muito. Curados os arranhões e hematomas ela foi ao banco, onde tem conta conjunta com o ex-marido e sacou todo o dinheiro da poupança e da aposentadoria do velho, que por causa da cegueira promovida pelo ódio, não foi previdente. Este, enlouquecido foi atrás dela e os amigos disseram que a viram na festa da Segunda-feira Gorda da Ribeira, que acontece dias depois da Lavagem do Bonfim, ocasião em que ela foi punida. Seo João mais irado do que nunca levou um cinturão grosso para dar outra surra na safada.Não foi difícil achá-la. A Festa da Ribeira que nos anos 50, 60 e 70 do século passado era pequena para tante gente, tanta capoeira, tanto samba-de-roda, tantas barracas e tantos trios-elétricos, hoje é frequentada por alguns gatos pingados, uns vagabundos - dizem os moradores, que nada têm a fazer. Antigamente não. Dizem alguns historiadores que já no século XVII os pescadores e os argonautas, que usavam a calma baía para fazer reparos nas naus, já faziam uma festa no local. Mas, o que se sabe mesmo é que foram os barraqueiros, que saiam no domingo da Festa do Bonfim, e enquanto esperavam a Festa de Iemanjá chegar, montavam suas barracas no Largo da Ribeira e o povo comparecia. A festa vista como uma prévia do Carnaval.Seo João, quando se aproximou da barraca onde a ex-mulher estava levou um susto. Com ela estava o delegado que o tinha prendido durante alguns dias, depois da surra e que estava fazendo o inquérito para o Ministério Público. O jeito foi relaxar e ir de mansinho. O delegado se aproximou, de braços dados com dona Maria e disse estar sabendo de tudo. Sem muita conversa pegou seo João pelo cangote e disse que ou ele aceitava dona Maria de volta ou sua vida estaria complicada, pois além de ser indiciado pelo espancamento, largamente comprovada por testemunhas e pelo Exame de Corpo de Delito do Instituto Médico Legal, ainda seria sempre perseguido por ele, que de vez em quando ia mandar uns meganhas darem um cacete, que era para aprender a não bater em mulher.O homem não teve muito que pensar. Viu que a desgraçada da velha com o cabelo pintado e com chapinha, com aquela calça de cós baixo e toda ajeitada, tinha o delegado na mão. Além do mais ela tinha retirado do banco todas as suas economias e se fosse para a Justiça ainda iria ter de da metade dos seus bens e uma pensão alimentícia. Ele viu que passaria dificuldade. Daí aceitou dona Maria de volta (explicando tudo aos vizinhos e justificando que o único problema de levar corno eram os comentários). E, já que ela tinha mesmo de ficar, ele decidiu aproveitar a belezura e gostosura que ela estava agora, toda moderninha, e tirar sua lasquinha.Chato é que de vez em quando uma viatura da Polícia Civil aparece em sua porta, sempre no plantão do delegado Vasco Moreira e leva sua mulher que só volta tarde. Ele fica a imaginar o que o diabo da mulher fica fazendo com o delegado.
...Joli
omente ontem, oito dias depois da festa da Lavagem do Bonfim, João Metódio conseguiu Habeas Corpus para sair da delegacia de polícia, que fica lá pelas bandas da Península Itapagipana, não antes de levar meia dúzia de bolo de palmatória e uns chutes nas partes baixas. Qual foi o seu crime? Resposta: deu umas porradas bem dadas em sua ex-mulher Maria Aparecida, que todos na rua Direta do Uruguai conhecem há mais de 40 anos como dona Maria de João.
Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, de Valdeck Almeida de Jesus, narra, a partir de fatos reais, a dureza da vida de uma família muito pobre, que precisou comer até comida podre para sobreviver. O livro demonstra que a paciência e a fé, aliadas ao trabalho duro para conquistar um objetivo, brindam sempre àqueles que lutam para vencer. Vale a pena a leitura. Disponível pelo correio, com o autor. Para adquiri-lo, deposite o valor de R$ 20,00 (livro= R$ 15,00 + taxa de envio = R$ 5,00) na conta-corrente 105.257-8, agência 3447-9 do Banco do Brasil, em nome de VALDECK ALMEIDA DE JESUS e envie um e-mail fornecendo endereço completo para a remessa do livro. À venda também no site da Editora Scortecci (
Cia Ilimitada, uma das companhias do Balé Teatro Castro Alves, realizará ensaios abertos ao público com trechos de coreografias do seu repertório nos dias 26, 29, 30 e 31 de janeiro, das 10h às 12h, no Piso C do Teatro Castro Alves. Nos dias 24, 25, 26, 29, 30 e 31 de janeiro, das 8h30 às 9h30, os bailarinos da Companhia realizarão aulas públicas no Piso C do Teatro Castro Alves. O público poderá acompanhar o processo de preparação corporal de uma companhia de dança, com aulas de balé clássico, com o maître Carlos Moraes, e pilates, com Alice Becker.
Curso Hector Jr. – desenho e pintura - está com inscrições abertas para o curso de férias. O programa de exercícios desenvolve-se em dois meses, com aulas semanais de duas horas. O cursista aprenderá a compor paisagens, marinhas, natureza morta, animais, abstratos e mangá na técnica de grafite (base do desenho artístico - noções de formas, proporções, perspectiva, luz e sombra) e em outra técnica a sua escolha: lápis de cor, nankin, aquarela, carvão, pastel seco ou óleo sobre tela. O curso pode ser feito por adultos e crianças (a partir de dez anos), por pessoas com ou sem conhecimentos prévios em desenho e pintura. Mais informações sobre este e outros cursos:
oi uma tristeza só este ano a Festa da Lapinha. Nem o novo pároco conseguiu encher a pequena igreja de fiéis, pois ele mesmo reconhece que é novo no negócio e não teve tempo para criar empatia com os moradores, nem sabia como proceder para tocar os sinos e chamar para a celebração religiosa. Fez falta padre Pinto, aquele que foi quase excomungado pela Igreja Católica, que causou comoção até mesmo no Vaticano, quando, ano passado, decidiu dançar vestido de Oxum, numa das missas em homenagem aos Reis Magos, celebrando o sincretismo religioso. Se no templo foi uma pasmaceira, no lado profano, na festa de largo, faltou participação e animação. Uns poucos ternos de reis apareceram, como manda o figurino, depois da meia-noite do dia 5, com seus componentes vestidos com pobres roupas de combinações coloridas duvidosas. Ah! Quem não lembra os anos 60 e 70 do século passado em que a Festa da Lapinha era uma muvuca de dar gosto. As mulheres com suas roupas rendadas e os homens ainda insistindo no brim branco (anos depois as roupas eram de tergal ou pervinc, já que não amarrotavam mas mantinham a linha). Não foi o padre Pinto quem acabou com a festa. Ela já vinha minguando desde o início dos anos 80, por conta do crescimento da violência urbana. A festa que, ao longo dos séculos era familiar e religiosa, descambou para brigas de bêbados, roubos e agressões. Interessante é que já no século XVIII as pessoas já se queixavam da falta de civilidade e educação daqueles que iam para a Festa da Lapinha. As queixas que chegavam às autoridades davam conta que no afã de chegar logo cedo para pegar o melhor da diversão profana as pessoas chegavam em verdadeiro tropel, a pé, de carro de boi e a cavalo, empurrando, levantando poeira e se machucando. No início do século XX ainda apareceram os bondes que despejavam levas que iam apreciar as casas iluminadas, coloridas e decoradas com papel e flores. Como se sabe, a Noite de Reis é uma comemoração de origem portuguesa. Os reis magos Gaspar, Belchior e Balthazar, que foram os primeiros a levar incenso, ouro e mirra para Jesus Menino, eram lembrados com missas e folias. A Igreja da Lapinha,em Salvador, foi construída no final do século XVIII e passou a ser parte da celebração. Os Ternos de Reis eram tão importantes que seus componentes trabalhavam o ano inteiro para garantir uma apresentação melhor para a próxima festa, Ganhar a disputa como melhor terno era o auge. Apareciam depois da meia-noite o Terno do Arigofe, um dos mais antigos, da Lua, Terno das Estrelas, Terno do Sol, da Terra, Estrela Dalva e outros (este ano, dentre outros que deixaram de desfilar, quem mais fez falta foi o Terno da Anunciação, pertencente à Paróquia Lapinha, que não desfilou pois faltava seu patrocinador, adivinhe quem? Padre Pinto) que cantavam reizados e lundos. Dançando e cantando e desfilando pelas ruas do bairro da Lapinha, em Santo Antonio Além do Carmo. Enquanto isso, terminada a última missa, depois da meia-noite, as famílias que não queriam se misturar com a turba festiva ficava a admirar o Presépio, que era o mais rico, o mais criativo e o maior da cidade, com suas figuras do menino Jesus, bois, vacas, Reis Magos, Maria e José, a Estrela de Belém, a manjedoura, o carneiro, o burro e a pomba da paz. Depois de anos quem conseguiu dar brilho para os festejos aos Reis Magos e à Noite de Reis na Bahia foi padre Pinto. Mas, sua popularidade desagradou aos dirigentes da Igreja Católica na Bahia, no Brasil e na Itália e eles, lá do alto dos seus solidéus decidiram colocá-lo no ostracismo e afastá-lo da sua paróquia, sob argumento de um forte estresse. Talvez, por causa disso o povo nem lembrou que tinha festa, missa, batida, churrasco de gato e celebração este ano na Lapinha. Quem mandou?
u, no segundo dia do ano, amanheci igual a político em dia de posse: fazendo o maior mis em scène, jogando duro, prometendo de novo tudo que tinha prometido durante a campanha eleitoral e lá dentro do coração, com sentimento adverso. Algo assim como ler o discurso feito pelos ghost writer - geralmente um assessor com pendores literários que submete o texto para aprovação final do secretário particular, do presidente do partido que ali está, da mulher do possuidor e até da empregada, que, enquanto traz o café ouve o debate e diz:
situação ficou ruim para uma socialite, logo no segundo dia do ano num famoso restaurante do Rio Vermelho. Uma amiga comentou que o ator Rodrigo Santoro fora barrado numa festa de reveillon em Angra dos Reis. Ela não agüentou e com a bocona disse, na frente do marido, que se soubesse tinha fretado um avião para mandar buscá-lo e ela faria a festa. Levou um tabefe pelas bandas das orelhas, que pegou de raspão. O que estava na mesa ela jogou em cima do maridão e a turma do deixa-disso conseguiu contornar o mico.
migos queridos,
hamar pelo nome de Deus sempre foi uma saída na hora do desespero dos pescadores que saíam para os pesqueiros, muitas das vezes mais de quinze ou vinte quilômetros de distância em mar aberto. São muitos os protetores dos pescadores: São Paulo, São Gonçalo, Santo Erasmo e o mais famoso é São Pedro. Todos da Igreja Católica. Na Igreja Ortodoxa quem protege os marinheiros é São Nicolau. No candomblé a entidade é feminina e se chama Iemenjá. O hábito de chamar por Jesus veio dos portugueses que saíam em suas loucas empreitadas, em busca de especiarias e riquezas em todos os mares.
AQUI TEM
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Já vai ???

