terça-feira, janeiro 13, 2009


O IPTU DA CASA DA MÃE JOANA


Reinhard Lackinger

VEjamos... uns municípios são ricos, outros pobres.
Municípios ricos, por obra e graça dos impostos de fábricas de automóveis,
como São Bernardo do Campo,
ou dos royalties do petróleo no subsolo... como São Francisco do Conde.
A dinheirama serve para dar maior conforto aos munícipes, ao povo.

Olhando sob esse aspecto, a Barra é um bairro rico...
... ou melhor, a Barra é rentável... para quem arrecada impostos e para
quem explora as belezas naturais e arquitetônicas desse mais lindo pedaço
da cidade.

Vejamos, moradores e comerciantes da Barra pagam IPTU caro de bairro nobre.
Além disso, o bairro é invadido por hordas de usufruários "alienígenas" e um exército de
ambulantes com milhares de caixas de isopor.. a cada evento que o poder
público programa para o F arol da Barra, para o Porto da Barra.

Os donos dos eventos e até os músicos como Bell M. e Daniela M. e Ivete S.
estão muito bem de vida.

Falta pegar uma parte dessa dinheirama que é obtida pela exploração da Barra
e reverter em cestas de lixo decentes, sanitários públicos usáveis...

Sim, em sanitários públicos, já que os milhares de turistas e frequentadores de shows
fazem um monte de xixi e de cocô.
Quem acha que essa gente toda faz as necessidades naqueles cubículos ridículos de
lata, deve acreditar também no Papai Noël e no Coelinho da Páscoa.
O pessoal "mija" e "obra" é na rua, na praia e nos becos... sem que um policial coíba
tal transgressão... como observamos  no último "estica-verão".

Enquanto não tira a merda do carnaval e os shows da Barra, espero que o poder
público tenha a decência de disponibilizar cestos de lixo e sanitários de verdade.

Ninguém pode ser tão cínico ao ponto de ignorar a enxurrada de xixi e de cocô
proveniente de centenas de milhares de bexigas e intestinos dos que pagam para
estar num lugar para o qual já pagamos IPTU.

Estaremos aqui diante de uma forma soteropolitana de bi-tributação?
E o impacto que todo evento e principalmente o carnaval causa ao bairro,
o prejuizo que moradores e comerciantes têm, sendo expulsos de suas moradias
de seus negócios durante dias e semanas?

Nunca ninguém falou em deixar de pagar o IPTU como forma de desobediência
civil. Confio no bom senso de quem administra a cidade.
Chega de tratar a Barra como se fosse a Casa da Mãe Joana!

Pior! Quem passa pela orla nesta época, além de toda a poluição sonora ( sim, até
as pinaúnas e estrelas do mar sabem onde e a que horas param automóveis na praia
para emitir perto de 100 decibéis... só a SUCOM não sabe ) e a utilizaç� �o ilegal
de passeios ( só a SESP não sabe disso )... além de toda a lixaria... considerando
a falta de cestas de lixo, de containeres e uma repressão aos "Sujismundos", a
VEGA até que faz um excelente trabalho.
As nossas ruas e praças só não são mais sujas graças aos abnegados varredores de rua,
cujo trabalho seria facilitado, se houvesse lixeiras boas e em todo lugar.

Falta inventar uma vassoura que varra os tapumes e out-doors que nesta época
colocam no Morro do Cristo. Outra cagada da prefeitura e das bem fedidas.
Quem vai dizer ao sr. Prefeito que essa poluição visual causa um impacto ambiental
violento e que nós moradores e comerciantes da Barra não concordamos com mais
essa violência! E a casa da Mãe Joana ganhando um puxadinho... a Casa da Noca"!

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