terça-feira, janeiro 20, 2009


Do Blog de Paixão Barbosa

Por trás da novela
 

Paixão Barbosa

 

A "novela" em torno da Presidência da Câmara Municipal de Salvador, como classificou Suely Temporal no comentário da nota anterior, serviu para apimentar ainda mais este janeiro - mês em que as atividades políticas normalmente entram em recesso - já quente na política baiana pelas eleições na Assembleia Legislativa e na União dos Municípios da Bahia (UPB - a sigla é assim porque antes era Associação dos Prefeitos da Bahia).

 

Os jornais dizem hoje que o prefeito João Henrique já concorda que o vereador Paulo Magalhães Filho (DEM) fique na Presidência. A bem da verdade, desde o início o prefeito tem se mostrado flexível em relação ao fato e aceita que o DEM tome o lugar do PMDB à frente do Poder Legislativo Municipal. Até porque ele tem demonstrado que considera os democratas como aliados e até abriu vagas para a legenda no segundo escalão da Prefeitura.

 

A questão maior é que se o prefeito está pensando na sua governabilidade - e, neste momento, não faria diferença quem preside a Câmara - o PMDB estadual, leia-se o ministro Geddel Vieira Lima e o seu irmão, Lúcio Vieira Lima, pensa em 2010. Pessoas ligadas à cúpula peemedebista tem dito que sequer é a posição de presidente que importa, mas sim a demonstração de força. Perder a posição, mesmo que seja para um eventual aliado futuro, seria demonstrar fraqueza.

 

Sob este ponto de vista, a posição do prefeito não influencia em nada a definição. O que decidirá mesmo são os interesses da sucessão estadual.

 

 

 

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