Do blog de Paixão Barbosa
POLÍTICA & CIDADANIA
Passarelas do crack
Paixão Barbosa
Recentemente, passei pela Rua do Gravatá, área central de Salvador, próximo à Baixa dos Sapateiros, às 21hs e me deparei com um quadro que não imaginava ser capaz de existir em Salvador. Aquela rua, que já foi tão importante na capital baiana, transformou-se numa verdadeira "passarela" de usuários de crack que consomem a droga a qualquer momento sobre as calçadas e até no meio da pista asfáltica. São pessoas de todas as idades, ligadas pelo fator comum da miséria e da dependencia de uma droga barata e que destrói vidas com uma velocidade espantosa.
Não é possível que as autoridades, municipais e estaduais, continuem a ignorar a realidade em que se transformaram algumas das ruas de Salvador, a exemplo do Gravatá. Alguns dizem que não é possível fazer nada porque ali só ficam os usuários e que estes não são presos. Mas dá, sim, para fazer alguma coisa.
É fundamental combater de modo firme o tráfico, mas também é preciso desenvolver uma ação social de peso e intensiva em locais como o Gravatá, a rua 28 de Setembro e alguns áreas próximas ao Sodré, denominados hoje de "cracolândia", para impedir que os traficantes façam a festa e que mais e mais usuários morram abandonados e destruídos pela droga, comprada livremente e de modo fácil a qualquer momento.
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