Artigo
Jolivaldo Freitas
Chegando ao final do ano letivo é que se vê o que ficou para trás e a constatação da falta de qualificação das unidades de ensino. Um pai que sempre que se queixa ouve de diretores, professores e coordenadores que ele é omisso e quer que a escola cubra suas falhas como educador; como se a escola fosse apenas para o aluno decorar o assunto e passar de ano, para num futuro, quem sabe, vencer no vestibular fica frustrado quando se confronta com profissionais que deviam dar o exemplo e não o fazem.
Este artigo trata de conflitos de interesses. O primeiro diz respeito à abordagem anterior, pois se tem vivenciado os fatos, coisa de causar decepção com as escolas particulares tradicionais. Não vou entrar no mérito do ensino x nota, que já tratei à exaustão. Mas, o que se pode achar de um professor que critica veementemente para seus alunos, o fato de certa marca de tênis usar mão de obra infantil na Ásia e ele mesmo estar calçando tênis da marca?
Claro que para os alunos soa a hipocrisia. E, se um aluno ou aluna (cujo teste de personalidade da própria escola a classificou como autêntica e feliz) tem uma atitude diferenciada, como não querer ser uma "Patricinha"e o professor ou professora a trata como uma pessoa nefasta, apenas por não ser do seu agrado? E, se o educador ainda coloca pecha ou discrimina perante os (as) colegas? Não é difícil de entender. Falta qualificação para que o mestre enfrente as diferenças; as idiossincrasias em sua sala de aula. Justo ele que vem ser o fiel da balança.
Já na rede estadual, agora mesmo existe uma grande insatisfação e está dando a maior confusão e queixumes, entre os funcionários das escolas estaduais da Bahia. Tudo por causa do processo de escolha dos diretores e vices, que ocorrerá
Os pesos ficaram estabelecidos no decreto, com as seguintes proporções: Pais ou responsáveis = 25% (vinte e cinco por cento); Estudantes = 25% (vinte e cinco por cento); Membros do magistério = 45% (quarenta e cinco por cento) e Servidores = 5% (cinco por cento). É daí que vem a confusão. Os funcionários que são aqueles que lidam diretamente com os problemas e a burocracia no setor educacional, e que têm contato irrestrito com os alunos, se acham preteridos no processo, desqualificados e desrespeitados. Entendem que não pode haver democracia com pesos diferentes.
Sem falar que antes mesmo da homologação das chapas já vinha sendo feito propaganda e a SEC fez vistas grossas. E já se registram conflitos entre os candidatos, e até com os alunos.
Originalmente publicado
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