sábado, novembro 22, 2008


NOTÍCIAS DO MOMENTO

Empresas já sentem efeitos da crise na demanda

 

 Brasília - Além dos efeitos na concessão de crédito, a crise financeira internacional também está gerando redução da demanda na economia brasileira. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 71% das empresas consultadas dizem que seus investimentos foram afetados pela crise e 57% estão revendo suas projeções de vendas para 2009.

 

De acordo com o gerente executivo de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca, a redução da demanda já era prevista para ocorrer depois da redução do crédito, mas ela veio mais rápido do que se imaginava.

 

"O que surpreendeu foi a rapidez com que a redução da demanda aconteceu. Isso ocorreu principalmente por causa das expectativas: as pessoas e as empresas se assustaram, então todo mundo  está dando um tempo para ver o que vai acontecer antes de decidir pelas compras", disse Fonseca, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

 

Segundo ele, os setores mais afetados pela crise são os exportadores de commodities e os que dependem muito de financiamento, como a indústria automobilística.

 

Nos Estados Unidos, as três maiores montadoras do país – General Motors, Ford e Chrysler aguardam a aprovação de um pacote de resgate de US$ 25 bilhões no Congresso, prometido para ser votado até o dia 2 de dezembro.

 

Equador lamenta decisão brasileira de pedir explicações a embaixador

 

 Brasília - O governo do Equador divulgou nota em que "deplora" a decisão do Brasil de pedir explicações ao embaixador brasileiro em Quito sobre a crise envolvendo empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma obra no país. A informação é da BBC Brasil.

 

O Equador obteve empréstimo do BNDES para construir a Usina Hidrelétrica San Francisco. O governo de Quito, no entanto, questiona a legalidade da dívida de US$ 243 milhões com o banco, por conta de irregularidades na obra.

 

Na quinta-feira (20), o Equador anunciou que vai entrar com ação na Câmara de Comércio Internacional (CCI), em Paris, para resolver a questão. Ontem (21), o Itamaraty convocou o embaixador em Quito para saber detalhes do caso.

 

Segundo informações do site da BBC Brasil, o Equador também defende na nota a resolução do impasse por meios jurídicos, previstos no contrato de empréstimo, sem afetar as relações diplomáticas entre os países.

 

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