sexta-feira, abril 18, 2008


Nova Ebal reduz prejuízo e aumenta produtividade

A redução em percentuais de 80% no prejuízo da empresa (de R$ 305 milhões para R$ 64 milhões), entre os exercícios de dezembro de 2006 e dezembro de 2007, e o faturamento de R$ 205 milhões trazem boas perspectivas para a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal).

O presidente da Ebal, Reub Celestino, ressalta que a produtividade aumentou em quase 60%. "Os seus resultados financeiros e técnicos são impressionantes. Desde novembro trabalhamos no azul. Fazemos, agora, parte de uma empresa que demonstra ser muito capaz. É a confiança que cresce interna e externamente", afirmou.

No início da nova gestão da Ebal, a empresa acumulava uma dívida de R$ 337 milhões, todas as lojas 425 da Cesta do Povo estavam fechadas e não havia fornecedores. Hoje, a empresa tem 271 lojas reabertas (56 na capital e Região Metropolitana) em 219 municípios, comercializando 1,4 mil itens e 80% da sua dívida com fornecedores já negociada.

A melhoria da produtividade na Ebal é refletida, ainda, em outros fatores, como a redução do custo das mercadorias em 4% e no aumento do capital de giro em R$ 8 milhões. As despesas operacionais também tiveram uma redução da ordem de 30%.

Para divulgar os números completos desta nova fase, o presidente e a diretoria da Ebal dão entrevista coletiva nesta terça-feira (22), às 11h30, no Bahia Café Hall (Avenida Paralela), seguida de um almoço com jornalistas.

Um ano de gestão

De abril de 2007 a março de 2008, a Ebal registra redução de despesas operacionais superior a 30% e o prejuízo cai de R$ 305 milhões para R$ 48 milhões. O resultado é ainda melhor analisando os índices de liquidez seca, corrente e geral:

Seca – passou de 0,06 para 0,42;

Corrente – passou de 0,23 para 1,57;

Geral – passou de 0,25 para 1,45.

O que equivale dizer que a Ebal, em março de 2008, está com boa capacidade para liquidar suas dívidas e já conta com 84% de redução do prejuízo.

Preço baixo e comodidade

Lílian Rocha freqüenta a loja da Cesta do Povo do Ogunjá, desde que foi reaberta. "Sempre venho comprar com minha família, meus vizinhos também compram. Com pouquinho dinheiro a gente consegue levar uma cesta para alimentar nossos filhos", falou.

Para o consumidor Pedro Souza, o mais importante é a comodidade: "Acho de tudo na Cesta do Povo, então não preciso ir a outro lugar. Aqui, pertinho de mim, tenho comodidade, os funcionários me tratam bem e ainda abre aos domingos, além de aceitar todos os tipos de cartão de crédito."

Com oito anos de empresa, Augusto Faustino, chefe da loja de Lauro de Freitas diz que a empresa ressurgiu como uma esperança para os funcionários e para o povo. "Para conseguir essa transformação e esses resultados foi necessário muita luta, mas sem luta não há vitória. Se nós sonhamos com uma empresa melhor, temos que lutar por isso", afirmou.

Ano da consolidação

"O ano de 2008 será de consolidação da Nova Ebal. Para isso, o primeiro passo deve ser a transparência das ações, dos valores e dos objetivos e rumos organizacionais. Este ano será de consagração. Vamos, definitivamente, juntos, consolidar uma nova empresa", afirmou o presidente da Ebal, na abertura do encontro "Perspectivas 2008", no Fiesta Convention, no último dia 14, que inicou a segunda etapa do programa de recuperação da empresa.

Além da rede de lojas da Cesta do Povo, a Ebal administra cinco Centrais de Distribuição, seis frigoríficos, mercados, a Ceasa e programas sociais, como o Nossa Sopa e a Farmácia Popular.

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