domingo, março 23, 2008


Via Angolana

Prisão de traficante

Viktor Bout, famoso traficante russo de armas, foi preso na semana passada na Tailândia. A questão caiu como uma bomba em Angola, por causa das suas ligações com o falecido líder da Unita, Jonas Savimbi. Os analistas políticos garantem que as suas impressões digitais estão cravadas num dos momentos mais dramáticos da história recente angolana. Nos anos 1990, Viktor Bout transformou-se num dos maiores fornecedores de equipamento militar da guerra civil, a partir do Togo. Seu contato era Marcelo «Karriça» Dachala, um lendário operador da Unita, que recebia os aviões carregados de armas, oriundos do Leste europeu. A vida de Viktor Bout dá um filme.

 

 

Celebração da batalha

O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos bem que tentou sair na frente, mas sul-africanos é que encabeçam a celebração do vigésimo aniversário da batalha de Cuito Cuanavale. Ela que mudou a geopolítica da África do Sul, abrindo caminho à independência da Namíbia. A Unita e o governo discutem, ainda, quem ganhou e quem perdeu. O general Camalata Numa, da Unita, diz que: «se o Governo tivesse sido o vencedor daquela batalha, teria ditado as políticas a seguir o que não foi o caso. O governo foi obrigado a fazer um acordo com uma força que nunca reconheceu. De resto as forças mais importantes não eram o Governo nem a Unita. Eram as grandes potências que estavam a sair da guerra-fria».

 

Armas escondidas

A guerra civil angolana acabou há seis anos. Até agora a polícia recolheu  pouco mais de  200 mil armas em todo o país. As autoridades questionam o fato de somente a partir de 2003 ter sido iniciado o processo de retomada dos armamentos. Pelo país estão espalhadas muitas armas e os "proprietários" civis garantem que não têm nada para dar. Isso faltando poucos meses para as eleições parlamentares, num país ainda cheio de conflitos ideológicos.

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