Guerrilha mata brasileiro em Luanda

Luanda – A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, uma das últimas facções da guerrilha angolana, está sendo acusada de ter realizado uma ação na tarde de ontem e ter matado um brasileiro que trabalha para uma empresa que presta serviço para a estatal petrolífera Sonangol.

A notícia divulgada pelo correspondente da Rádio Eclesias, em Cabinda, que fica na fronteira com o Congo, revela que além do brasileiro assassinado, mais duas pessoas teriam ficado feridas e dois automóveis foram incendiados.

O ataque aconteceu quando trabalhadores se dirigiam para a comunidade de Mica, município de Buco Zau, onde exercem as suas actividades. Cabinda é uma das regiões mais ricas em petróleo de Angola e onde tem base a força paralela da FLEC. Durante este ano, mais de 100 componentes do grupo de loibertação se entregaram às forças governamentais e este é o primeiro ataque com vítimas que praticou em 2007.

    Angola também vive um período de intolerância política no interior do Huambo, por causa das eleições anunciadas para o ano que vem (sem data ainda determinada). A Unita denunciou que a intolerância pode comprometer os próximos compromissos eleitorais em algumas zonas do País. O planalto central é uma das zonas mais críticas a julgar pelo elevado número de queixas. No Huambo, por exemplo, a situação é preocupante. De acordo com Alcides Sacala, do grupo parlamentar da Unita, nas últimas 72 horas houve acções de intolerância nas comunas da Luzemba e de Kuluengue, com feridos, numa atitude supostamente oriuenda do MPLA.

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Jolivaldo Freitas