terça-feira, outubro 09, 2007


O COVEIRO E O LEÔNICO

embro, ainda bem garotinho, quando não sabia ao certo se eu era torcedor do Ypiranga, que meu avô morreu amando e meu tio tinha até um protetor de selim de bicicleta com o escudo em amarelo e preto, do Bahia ou do Galicia, que o Leônico era chamado, pela imprensa, de sucursal do Bahia. Todo mundo "sabia" que o Leônico não tinha time. Servia apenas para duas coisas: ser laboratório de teste de neojogadores do tricolor e entregar o campeonato para a torcida do Bahia.
Para isso era tido e havido, que recebia uma bonificação.
O time nem torcida tinha. O Ypiranga, taí no chove-não-molha, o que dói no coração; e o Galicia corre atrás de voltar a ser o santo forte lá de Compostela, aqui pelos nossos gramados. Aí vem o Leônico, de triste memória, contrata um coveiro para enterrar o Galícia. O Guanambi precisava dar de dez , e não é que conseguiu. Milagre igual só no Mundial da Argentina, quando o Peru, que é uma espécie de Leônico, conseguiu tomar de seis dos argentinos, deixando o Brasil igual ao Galícia: morto e enterrado. Pelo que dizem, os jogadores ganharam uns níqueis e o coveiro que era o goleiro, uma pá novinha.
Vá enterrar a mãe, seu saquê!

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