sexta-feira, outubro 19, 2007


LULA USA CHARME E CONVENCE ANGOLANOS


Angola caiu na conversa charmosa e insinuante de Lula. Assinou papel e vai discutir a forma para produzir biocombustível. O presidente brasileiro que passou por aqui elogiando tudo e a todos, fez certinho o que sua chancelaria ordenara: disse que a estabilidade política é fator de equilíbrio no continente. Chegou a destacar o papel desempenhado pela Assembléia Nacional Angolana no processo de reconstrução nacional. Falou de amor e amizade. Ganhou todo mundo. Antes de insistir na necessidade da abertura de estudos para implementação da produção de biocombustíveis, anunciou que o Brasil vai garantir mais de 1 bilhão de dólares em linha de crédito para exportações angolanas, ainda este ano. E reforçou cooperação nos setores da Saúde e da Educação.

Mas, o gude-preso foi a assinatura de um memorando para a produção de bio-energia numa região extrema do país, a província (que no Brasil é relativo a um estado) de Malanje. Será constituída uma empresa de nome Biocom Ltda, entre a Odebrecht, a Damer a angolana Sonangol.

Um investimento da ordem de 200 milhões de dólares, que vai permitir, nos próximos cinco anos, a produção anual de 150 milhões de toneladas de açúcar, 50 milhões de toneladas de álcool e 140 megawats de energia elétrica.

Ou seja: Lula fisgou Angola pela guelra. E se picou.

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