domingo, fevereiro 17, 2008


Histórias inacreditáveis do Carnaval

 

 

Chegaram tantas histórias de Carnaval que nem sei por onde começar. Cada uma mais lenhada que outras. O pior é que, a maioria, não dá para acreditar que aconteceu. São casos em que, se fosse colocado num conto, por exemplo, o leitor iria dizer que o autor estava forçando a barra, que não é plausível, mas na verdade a vida imita a arte, já disse um cara famoso. Como não ser assim para justificar a informação que me chega que Daniela Mercury foi visitar um camarote e fez xixi em pé num banheiro químico? Deixe de maldade. É que ela não queria molhar a fantasia.

    Mas, o cara do trio elogiando João Henrique, chamando-o de Antonio Imbassahy foi demais. Demonstra duas coisas. O cantor é um tremendo puxa-saco e burro. E o prefeito da nossa capital é um azarado de marca maior. Tem dado tanto azar que parece não estar pagando o dízimo da igreja. Está precisando que tirem o demônio do seu corpo. Fui fazer esta brincadeira com um amigo que adora o prefeito e ele me disse que João tem mesmo é de se livrar de encosto... jogando a aliança fora. Uma maldade em que não coaduno, mas que nos leva a pensar... deixa como está.

   Agora, veja se não seria o caso para dar uns bons tabefes: uma amiga tem um parente daqueles certinhos. O indigitado decidiu se esbaldar na Barra e deu de cara com um arrastão perto do Expresso 2222. Levaram tudo. Um conhecido viu quando ele sumiu no meio da tsunami de ladrões e ligou para a família. Foi uma loucura de mobilizar conhecidos, ir para hospitais, postos, delegacia, olhar pelas sarjetas e nada do homem aparecer.

     Quando o dia amanhece aparece o sujeito filho-da-mãe feliz da vida, cantando música do Chiclete. Entra em casa e a mulher a chorar e tudo. Claro que ela soltou os cachorros em cima, pois como é que some e não liga, não diz que está bem, deixa todo mundo preocupado. O cara-de-pau fica se mostra ofendido e está até hoje zangado com a mulher. Acorda e nem dá bom dia. Só aplicando uma surra de arame enfarpado.

     Pior aconteceu com meu colega Zezé. O homem nunca gostou de Carnaval. Está com 35 anos de idade e nunca tinha pisado na avenida, com medo de ladrão, dos malhadões e até da polícia, ainda mais neste período em que os PMs estão praticando tiro-ao-alvo nos pretos; olha só que trocadilho sutil..., mas foi sem querer. Desta vez tomou coragem, exagerou de saída e meteu uma fantasia de Barbie e saiu nas muquiranas. Não dobrou nem a esquina e começou uma porrada de filme de caubói. Resultado: voltou para casa depois de receber doze pontos no pé da orelha, dezoito pontos nos cornos e uma injeção antitetânica nas nádegas. Sem dinheiro para táxi foi andando para casa e ao passar na Vasco da Gama foi mordido por um cachorro doido. Teve de voltar para o posto de saúde para tomar uma anti-rábica na barriga.

      Não teve jeito, voltou a ver o Carnaval pela TV e diz que nunca mais vai pisar na avenida. Mas, foi ele quem me chamou a atenção para as transmissões das emissoras este ano. Se queixou da ausência da Band, mas disse ter gostado demais do trabalho da equipe da TV Bahia, e eu agradeci, já que fiz parte da equipe de mais de 200 profissionais que levaram o Carnaval baiano para dezenas de países e para o Brasil todo. Ele me mostrou que o conceituado jornalista Samuel Celestino colocou em seu site que a TV Bahia deu um show. Outros colunistas dizem a mesma coisa.

     Zezé (aliás, José Carlos Carvalho Paranhos, ex-quase jogador do Vitória, ex-quase namorado de Luana Piovani, ex-quase piloto do Rally Paris-Dacar, pois sempre esteve para ir e sempre desistiu na última hora e hoje é professor da rede pública) gostou muito da simplicidade de Patrícia Nobre, da estréia de Osmar Martins como comentarista, de Wanda Chase que esteve bem mais solta, em sua opinião. De Kátia Guzzo ele nem, fala que fica vermelho, nem sei o porquê, nunca me disse. Adorou Andréia Silva encontrando no meio do Ghandy o cara que ela havia entrevistado horas antes. O folião batendo uma baita feijoada. E disse se acabar com Zéu Brito, quando este tentou pagar o churrasco-de-gato com moeda de chocolate. Ficou apenas sentido de não ter visto José Raimundo, de quem é fã e guarda até hoje um autógrafo que conseguiu num São João em Jequié.

    E, me perguntou, como é colocar no ar uma festa tão abrangente e complicada. Eu disse que,  para mim, este foi o melhor ano da transmissão. A editora-chefa Núbia Tawill segurou as rédeas com maestria, junto com os diretores de Tv Roberto Veiga e Flávio Fonseca. O som, desta vez, ficou impecável, graças ao trabalho das equipes técnicas que vêm cada vez mais se aprimorando e dentre eles, na mesa Grasswalley, estavam Hércules Carvalho e Gerson Cunha. Nos camarotes, jogando duro ficou a Editora-chefa Renata Purri, de reconhecida competência, e produtores que seguravam a Barra, literalmente, dentre os quais Alcebíades, Márcia Freire, Renata Barros. Como deixar de citar Anna Valéria, cheia de charme? E as equipes de reportagem? Era um mar de profissionais na rua. Sem falar no gerente de jornalismo Roberto Appel, que deu liberdade para todo mundo fazer o melhor.

     Falei para Zezé: "Rapaz, você devia conhecer Mara Viana. A moça nasceu para desafios". Claro, que estou esquecendo gente pra caramba, já que foram centenas de envolvidos.

    Daí que meu amigo Zezé, fazendo trejeito pelas dores dos pontos que levara na carantonha, diz contrariado:

- Tanta gente, e, ninguém filmou os caras que me deram porrada? Sacanagem!

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2 Comments:

At 11:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Bacana, Joli!
O encosto do prefeito é demais, viu?
Acho que o problema é que ele está tomando muito banho de asfalto. Precisa é de uns banhos de folha.

Ari

 
At 9:42 PM, Anonymous Anônimo said...

O MPLA COMO MARCA


O MPLA como Marca representa um poder permanente em função de mais do que a sua história e multiplicidade de histórias e perpetuações das suas tradições.
Um dos factores qualitativos de recriação da sua força consiste na lealdade da corrente regeneradora dos seus aliados.
Os seus atributos, qualidade e expectativas criadas e uma amálgama de resultados e sua funcionalidade reforçam uma narrativa que impulsiona a sua existência.
Não há dúvida de que as crenças sagradas, criações, metas e seu prestígio, sua visão e missão, capacidade de inovação reforçam o seu posicionamento.
A sua suposta notoriedade e fidelização em constante construção criando boas ligações emocionais melhorarão consideravelmente essa marca.
Sendo assim será que a marca MPLA é um sistema propulsor e fonte de criação de valor?
Será que a notoriedade do MPLA continua a ser evocada de forma espontânea?
Para que a marca MPLA se perpetue será necessário que as atitudes das pessoas correspondam a avaliações globais favoráveis.
Não há dúvida que a força da marca MPLA quase se confundirá a um culto descentralizado e de interacções e laços fortes e experiências partilhadas que criam várias identidades verbais e simbólicas.
Para falar da antiguidade da Marca MPLA teremos que falar forçosamente do seu núcleo fundador de Conacry dos anos 60.
A marca MPLA se perpetua pelo seu prestígio devido as associações intangíveis, pelo seu simbolismo popularizado incontornável e grandes compromissos com o passado.
O MPLA como marca, alem de possuir narrativas de sobrevivência, inclui testemunhos que dão a história, significados mais profundos e grande carácter de emocionalidade.
A história do nacionalismo e luta de libertação pelos actores de renome a partir da fundação do MPLA em Conacry pelos seis fundadores bem personalizados, como Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Hugo José Azancot de Menezes, Lúcio Lara, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Migueis perpetuarão essa marca de forma reflectida.
Poderemos então afirmar que os fundadores de Conacry foram os agentes prioritários e fundamentais da verdadeira autenticidade da marca MPLA.
A dinâmica da história e a construção de identidades pressupõem estados liminares, pelo afastamento constante de identidades anteriores.
Desenvolver a cultura da marca MPLA exigirá um constante planeamento e estratégias que permitirão reunir e sentir esta marca global.
Para terminar apelaria que nas verdadeiras reflexões que a lenda da marca não obscurecesse a lenda dos fundadores verdadeiros artífices.
Escrito Por:
AYRES GUERRA AZANCOT DE MENEZES

 

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